O Programa Mundial de Alimentos (PMA)tigrinho como jogar, órgão da ONU e vencedor do Nobel da Paz de 2020, acusou Israel de disparar contra um comboio de ajuda humanitária que se deslocava na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (6), chamando o ocorrido de "um incidente aterrorizante".
A agência disse que três veículos com oito funcionários viajavam da região central para o norte de Gaza no domingo (5) quando foram atingidos por 16 disparos. O ataque não deixou feridos, mas impediu a operação de entrega de suprimentos, disse o PMA.
Palestinos fazem fila para receber comida em um centro de distribuição de ajuda humanitária em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza - Rizek Abdeljawad - 20.dez.24/XinhuaO órgão informou ainda que os veículos estavam claramente sinalizados como pertencentes à ONU e tinham recebido autorização prévia de Israel para fazer a viagem.
"O Programa Mundial de Alimentos condena fortemente o terrível incidente do dia 5 de janeiro", disse a agência em nota. "Esse evento inaceitável é apenas o exemplo mais recente do ambiente perigoso e complexo de trabalho no qual o PMA e outras entidades atuam hoje", afirmou, pedindo que a segurança de órgãos humanitários seja garantida.
As Forças Armadas de Israel disseram investigar o caso, e reiteraram que fazem "todo o possível" para facilitar a transferência de ajuda humanitária. Entidades que atuam na região, entretanto, acusam Tel Aviv de obstruir a entrega de suprimentos para os palestinos de Gaza, território alvo de campanha militar israelense que já matou mais de 45 mil pessoas e feriu quase 110 mil.
Lá ForaEm novembro de 2024, a ONU publicou um relatório dizendo que Israel utiliza a fome como arma de guerra em Gaza. "Ao obstruir ajuda humanitária, realizar ataques direcionados com mortes de civis e trabalhadores de agências internacionais, Israel causa fome de maneira deliberada, utilizando-a como método de guerra a fim de executar punição coletiva contra a população palestina", afirmou o documento na época.
"O uso de ferramentas de inteligência artificial nos ataques por parte das Forças Armadas israelenses, incluindo bombardeios pesados, mostra o descaso de Israel com suas obrigações sob a lei internacional de fazer distinção entre civis e militares inimigos", escreveram os membros do comitê encarregado de investigar práticas israelenses contra palestinos.
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